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Ex-técnico de Ruschel, Lisca se revolta ao falar de acidente: “Um absurdo”

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No  último sábado, o Brasil se comoveu com a cerimônia de adeus aos jogadores, membros da comissão técnica e da diretoria da Chapecoense que morreram no acidente com o avião que levava a delegação alviverde à final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional, na Colômbia. À noite, pela Copa RS de Futebol sub-20, o técnico Lisca, do Internacional, acompanhou a vitória do time colorado sobre o Corinthians e comentou sobre a tragédia que se abateu sobre o time catarinense. Consternado, o treinador se revoltou com as causas apontadas pelas autoridades colombianas para a queda do avião, que teria ficado sem combustível (assista ao vídeo).

– Estamos trabalhando em cima do profissionalismo dos jogadores, das experiências de vida que já tivemos, estamos tendo e essa é uma grande lição para todos nós. Já começou a aparecer o por quê, como ocorreu, e é melhor nem se expressar sobre isso porque é um absurdo. É um absurdo a maneira como ocorreu. Então, temos conversado muito com os jogadores individualmente, deixado eles falarem, colocar os sentimentos, trocando experiências de vida e assim vamos levando, vamos trabalhando – disse Lisca, falando também sobre como tem tentado trabalhar o lado psicológico dos atletas do Inter frente ao desastre com a Chapecoense.

Alan Ruschel Chapecoense Medellín acidente avão  (Foto: Reuters)Alan Ruschel é um dos seis sobreviventes da queda do avião da Chapecoense (Foto: Reuters)

Ex-treinador de dois sobreviventes do desastre aéreo, Lisca comentou sobre sua relação com Alan Ruschel e Jackson Follmann. O técnico colorado disse que tem conversado com os familiares do lateral, com quem tem longa amizade, e afirma estar ansioso pela volta do amigo.

– O Alan jogou comigo em vários clubes e é um amigo, além de ser atleta. Conheço os familiares, a sua esposa e tenho informações bem positivas. Já está sem os aparelhos, se comunicando por sinais e não teve aquela alteração na coluna, está com os movimentos. Me parece que de toda essa tragédia, está havendo seis milagres. O Follmann também foi meu goleiro e é um menino de ouro. Estamos aguardando com ansiedade a volta e a recuperação deles – comentou.

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Por fim, Lisca também se pronunciou sobre a polêmica que bateu à porta do Beira-Rio, com a declaração dos jogadores do Internacional de que não estariam em condições psicológicas de jogar a última rodada do Campeonato Brasileiro, domingo, dia 11 de dezembro, contra o Fluminense. O treinador não confirmou a realização da partida, mas afirmou que continua trabalhando com o grupo com o jogo contra o Tricolor Carioca como objetivo final no ano.

– Isso foi muito falado, desde que aconteceu a tragédia. Muitas opiniões e opiniões em cima de opiniões, conjecturas de pessoas que não estão dentro do contexto, então, nesse momento, estou me privando de dar alguma opinião. Estou trabalhando em cima do profissionalismo, estar preparado para qualquer situação que possa acontecer, jogar ou não. Meu papel é preparar a equipe, trabalhar o emocional dos jogadores, realmente está muito complicado para todos nós. As pessoas que têm o poder, cabem a elas decidir e, nós, profissionais, é o momento de ter muito cuidado nas expressões, muito respeito e profissionalismo. É isso que estou fazendo.

 

Fonte: SporTV

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