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Esquiador desaparecido em 1954 é identificado com ajuda de redes sociais

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Polícia italiana passou mais de uma década tentando identificar restos mortais encontrados nos Alpes. Uma postagem no Facebook ajudou a revelar que se tratava de um francês desaparecido há mais de 60 anos.Um esquiador francês que desapareceu nos Alpes italianos há mais de 60 anos foi identificado após sua história ter sido divulgada em redes sociais, informou a polícia italiana neste domingo (29/07).

Em julho de 2005, a polícia da região de Vale de Aosta, no noroeste italiano, encontrou restos mortais e acessórios de esqui a 3.100 metros de altitude no Matterhorn, uma montanha dos Alpes perto da fronteira Suíça. Os policiais, no entanto, não conseguiram identificar o corpo.

No mês passado, eles compartilharam informações sobre o caso no Facebook, com um apelo para que usuários espalhassem a notícia. Em uma publicação na rede social, os policiais apontaram que o cadáver era de uma pessoa abastada, já que os esquis de madeira eram de boa qualidade.

O relatório do caso também indicou que o esquiador media cerca de 1,75 metro, tinha cerca de 30 anos e que a morte teria ocorrido na primavera, já que o corpo estava envolvido em roupas leves.

Foram também recuperados um par de óculos, um relógio e pedaços de uma camisa com iniciais bordadas. Os policiais também apontaram a suspeita de que a vítima não era italiana, já que uma década de esforços de identificação na Itália não deram resultados.

As informações divulgadas pela polícia italiana foram repercutidas por uma rádio da França e ouvidas pela cidadã francesa Emma Nassem. Ela suspeitou que o corpo provavelmente pertencia a um tio, chamado Henri Joseph Leonce Le Masne, que nasceu em 1919 e desapareceu nos Alpes em 1954, após uma tempestade.

O irmão de Henri, Roger Le Masne, que tem 94 anos, também respondeu ao apelo da polícia italiana. “Sou irmão de Henri Le Masne, que é provavelmente o esquiador desaparecido há 64 anos”, escreveu em uma carta.

Ele acrescentou que o irmão, “solteiro, era uma personagem muito independente”, que trabalhava na administração pública, no Ministério das Finanças, em Paris.

Roger Le Masne também contou que à época chegou a viajar para a região em busca do irmão. Henri havia reservado um quarto em um hotel da região por 15 dias, mas nunca regressou após sair para esquiar no dia 26 de março de 1954. 

Uma retrato de Henri disponibilizado pela família mostrou que ele usava óculos idênticos aos que foram encontrados com os restos mortais. Para eliminar qualquer dúvida, um teste de DNA foi realizado e apontou que se tratava mesmo de Henro Le Masne.

JPS/lusa/afp

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