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Rayssa Leal, a Fadinha, faz história e é prata no skate street nas Olimpíadas

Rayssa Leal faz uma manobra na final — Foto: Ezra Shaw/Getty Images
Ipu Post

Enquanto toda a arquibancada se calava no Complexo Ariake, Rayssa Leal dançava. Ao lado da amiga Margielyn Didal, das Filipinas, parecia não se importar com o que acontecia à volta mesmo antes da manobra poderia definir seu futuro. Ali, o circuito montado em Tóquio não se mostrou assim tão diferente da pista de Imperatriz, no Maranhão. Ao ignorar qualquer pressão, a menina de 13 anos fez história: conquistou prata e garantiu a segunda medalha para o skate street nas Olimpíadas de Tóquio, repetindo o resultado de Kelvin Hoefler no domingo.

Rayssa Leal sorri com a medalha de prata do skate street feminino — Foto: Patrick Smith/Getty Images

Rayssa Leal sorri com a medalha de prata do skate street feminino — Foto: Patrick Smith/Getty Images

Rayssa é a atleta mais jovem da história do Brasil subir ao pódio em Olimpíadas. Aos 13 anos e 203 dias, bateu de longe o recorde de Rosângela Santos, bronze em Pequim 2008 com 17 anos no 4x100m do atletismo. Fadinha é, também, a mais jovem brasileira a participar dos Jogos. A marca anterior era de Talita Rodrigues, nadadora que foi finalista no 4x100m livre em 1948, nos Jogos de Londres. Na ocasião, tinha 13 anos e 347 dias.

Rayssa Leal, a "Fadinha", faz sinal positivo durante a competição — Foto: Patrick Smith/Getty Images

Rayssa Leal, a “Fadinha”, faz sinal positivo durante a competição — Foto: Patrick Smith/Getty Images

– Eu estou muito feliz, porque pude representar todas as meninas, a Pamela e a Leticia, que não se classificaram, todas as meninas do skate e do Brasil. Poder realizar meu sonho de estar aqui e ganhar uma medalha é muito gratificante. Meu sonho e sonho dos meus pais – disse a jovem skatista.

O ouro ficou com a japonesa Momiji Nishiya, também de 13 anos, cinco meses mais velha que Rayssa. A skatista somou 15,26 na final, à frente dos 14,64 da brasileira. A também japonesa Funa Nakayama completou a dobradinha da casa no pódio, com 14,49.

 

O caminho até a prata

 

Rayssa começou a final com uma bela primeira volta: emplacou crooked, backside smith, boardslide backside, frontside feeble, e só errou na última manobra, a mais difícil da sua série. Recebeu um 2,94, a terceira maior nota de início, atrás da holandesa Roos Zwetsloot e da japonesa Momiji Nishiya.

Rayssa Leal faz uma manobra na final — Foto: Ezra Shaw/Getty Images

Rayssa Leal faz uma manobra na final — Foto: Ezra Shaw/Getty Images

O nível subiu na segunda volta. A bicampeã mundial Aori Nishimura postou um 3,46, e Zwetsloot a seguiu com uma volta perfeita de 3,80. Rayssa começou bem também, com alguns boardslides, rockslides e flips. Porém, dois erros diminuíram sua nota para 3,13. Ainda assim, foi o suficiente para impulsioná-la à segunda posição, graças a uma volta inferior de Nishiya.

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Fonte: Globo Esporte

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