O eclipse solar que poderá ser visto em sua totalidade nos Estados Unidos nesta segunda-feira (21) também será observado, ainda que de forma parcial, em 15 Estados do Brasil.
O fenômeno começa por volta das 16h e termina em torno de 18h (horário de Brasília), e poderá ser melhor observado nas regiões Norte e Nordeste do país.
O ápice do eclipse se dará por volta das 17h (também no horário de Brasília). Quanto mais ao norte do Brasil, maior a porcentagem de ocultação do Sol: em Oiapoque (AP) este índice será de 55%.
Levando em consideração apenas as capitais brasileiras, os melhores locais para se observar o eclipse são Natal, Boa Vista, Belém, São Luís, Fortaleza e Macapá. Nestes lugares, o céu ficará entre 36% e 40% mais escuro durante alguns minutos da tarde (confira aqui se será possível ver parte do eclipse na sua cidade).
Em algum grau, o eclipse abrangerá outros seis Estados, incluindo o norte de Minas Gerais e do Espírito Santo. Nestas regiões, porém, de acordo com o astrônomo Gustavo Rojas, professor da UFScar (Universidade Federal de São Carlos), o fenômeno, na prática, dificilmente poderá ser percebido, já que o índice de escurecimento do céu ficará abaixo dos 10% (veja mapa acima).
Nos EUA, o evento é aguardado há tempos e deixou cidades onde o fenômeno será visto em sua totalidade com hotéis esgotados –há quase 100 anos um eclipse solar total não é observado de costa a costa no país. O último eclipse solar total a ser observado nos EUA foi em 1991.
A Nasa (agência espacial norte-americana) irá transmitir o eclipse ao vivo em seu site.
Como observar o fenômeno?
Na hora de observar o eclipse, é preciso tomar cuidados.
O ideal é que sejam utilizados ‘óculos de eclipse’, que, por terem um filtro especial, permitem uma maior exposição à luz solar. Como alternativa caseira, porém, Rojas afirma que o mais indicado é que se use uma máscara de soldador com a tonalidade mais escura, número 14. Estas lâminas de vidro são encontradas em casas de ferragens e custam, em média R$ 3.
Objetos como placas de raio X ou mesmo os tradicionais óculos de sol, por exemplo, não devem ser utilizados na observação do eclipse.
“Esses materiais carbônicos não bloqueiam a luz do sol. É um perigo, porque você pode bloquear a luz visível, mas deixar passar a luz infravermelha. E o calor vai acabar cozinhando seu olho”, diz Rojas.
Outra forma de observar o eclipse é de forma indireta, por projeção. A mais simples delas pode ser feita com duas folhas de papel, sendo uma delas com um furo.
O observador deve posicionar a folha com o orifício à frente da outra, projetando nesta segunda a luz do sol –é possível, então, acompanhar, nesta projeção, a ocultação do Sol pela Lua.
Também é possível usar câmaras escuras, feitas de forma artesanal (veja como fazer uma câmara escura).
Como posso fotografar um eclipse solar?
Seja com uma câmera profissional ou com um celular, é necessário o uso de um filtro solar para fotografar o eclipse. De acordo com a Nasa, um celular jamais deve ser apontado para o sol sem que um filtro seja colocado sobre a lente do telefone, já que os raios solares podem danificar o aparelho –existem lentes e filtros especais específicos para o registro da luz solar.
O que é um eclipse solar
Um eclipse solar ocorre quando a Lua, na fase Nova, passa em frente ao Sol, projetando uma sombra sobre a Terra. Nos locais onde esta sombra é projetada, o eclipse solar é total, ou seja, o Sol fica totalmente encoberto pela Lua.
Além desta sombra, a Lua projeta na Terra, também, uma penumbra, que é o que os brasileiros observarão nesta segunda-feira –nos locais onde é a penumbra que se projeta, os observadores veem apenas uma parte do Sol encoberto pela Lua, sendo o eclipse parcial.
Além do eclipse total e parcial, que ocorrem simultaneamente, mas em locais distintos, existe ainda o eclipse anular. Este fenômeno ocorre quando a Lua passa em frente ao Sol, mas por não estar no ponto mais distante de sua órbita, acaba por não tapar completamente o Sol, deixando apenas um ‘anel’ de luz visível. Por fim, há ainda o eclipse híbrido, quando a curvatura da Terra faz com que o eclipse seja observado como anular em alguns locais e total em outros.
Neste ano, os brasileiros já puderam observar um eclipse anular, em 26 de fevereiro –o próximo será em 2023. Já um eclipse solar total só poderá ser visto no país em 2045.
Fonte: UOL
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