Em ação simultânea, grupo armado promoveu massacre no bairro
“Isso foi um ato de terrorismo, não foi briga de torcida”, disse um dos dirigentes da TUF. Sob condição de anonimato, ele confirmou as identidades das quatro pessoas ligadas à organizada e afirmou que não se trata de crime relacionado a conflitos entre torcedores. “É ato aleatório. Não tem explicação, não foi vingança (de uma torcida rival).”
De acordo com o integrante da torcida tricolor, as vítimas eram membros ativos da TUF. “Eram trabalhadores. Tinham coração bom. Estavam no lugar errado, na hora errada. Toda sexta o pessoal se reúne, faz festa, churrasco na sede. E acontece uma coisa dessas.”
Mascote
Inicialmente, a informação era de que o mascote do time do Fortaleza estava entre os mortos. “Não é o mascote do clube. É que o apelido do Adenilton era ‘Mascote’, porque ele entrou muito novinho na TUF. Era um rapaz muito bom, nunca tinha feito nada de errado”, conta.
A SSPDS convocou uma coletiva de imprensa para o final desta manhã. A pasta informa diligências estão sendo conduzidas pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Os suspeitos de participarem dos assassinatos teriam usado dois veículos, um deles um modelo Honda Civic.
A chacina do Benfica ocorre menos de uma semana depois que três mulheres foram decapitadas no bairro Parque Leblon, em Caucaia. O assassinado foi filmado e divulgado nas redes sociais. No vídeo, uma das mulheres afirma que está “rasgando a camisa” de uma facção e passando para outra, a Guardiões do Estado (GDE).
Desde o início do ano, houve pelo menos quatro chacinas no Ceará: a de Maranguape, na Região Metropolitana de Fortaleza, com quatro mortos; a do bairro das Cajazeiras, com 14 mortos, a maior chacina da história do Ceará – o crime foi atribuído à GDE; e, menos de dois dias depois, a da cadeia pública do município de Itapajé (a 124 km da Capital), com outras dez vítimas, a maioria ligada a uma facção criminosa rival à Guardiões do Estado.
HENRIQUE ARAÚJO
Fonte: O Povo Online
Comente com Facebook