| CVLI | Em Fortaleza, a queda foi de 14,9%, mas na Região Metropolitana houve aumento de 33,3%. Acumulado do Ceará em 2018 tem 1.626 assassinatos
Na Capital, os dados apresentaram redução de 14,9% se comparados ao mesmo período do ano passado. No entanto, na Região Metropolitana (RMF) houve aumento de de 33,3%, um salto de 78 para 104 casos.
A leve redução nos números do último mês se dá pela primeira vez após significativo aumento de CVLIs. No ano passado, o número de homicídios foi 50% maior que o do ano anterior. André Costa, titular da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) atribui a melhora do índice às ocupações, na Capital, de territórios comandados pelo tráfico. Ele cita principalmente as comunidades da Babilônia, do Gereba, do Jatagá, da Alameda das Palmeiras. Conforme a pasta, são dez áreas ocupadas.
Sobre o aumento de assassinatos na RMF, André Costa aponta ter havido migração de criminosos. “É natural quando a gente faz uma ação com mais intensidade em determinados territórios: alguns vão fugir para outras áreas, outros serão presos, mas, um dia são soltos e precisam se instalar em algum local. Então, o próximo passo é ampliar esse trabalho que tem sido feito na
Capital para levar à Região Metropolitana e Interior”.
Ainda conforme o secretário, áreas para reforço policial na Região Metropolitana de Fortaleza já estão sendo estudadas. Além da RMF, o Interior Norte também teve aumento, de 7,7%, de 70 para 75 homicídios. Já no Interior Sul o número de CVLIs diminuiu 22,5%, de 89 para 69.
Ricardo Moura, sociólogo e colunista do O POVO, avalia que a baixa redução deve ser comemorada, mas afirma que é preciso aguardar o desenvolvimento dos números. “Essa queda reverte uma tendência de crescimento que já durava mais de 12 meses, mas não há como dizer se vai se manter. A gente vai ter aque aguardar”.
De acordo com SSPDS, os Crimes Violentos contra o Patrimônio que abrangem roubo a pessoa e de documentos tiveram redução de 3,9% na Capital e de 5,8% no Ceará.
Já os Furtos aumentaram no Estado em abril deste ano, fechando o balanço com 3,6% a mais de registros em relação ao mesmo período do ano passado.
EDUARDA TALICY
Fonte: O Povo Online
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