Ela fala do crime e diz que filha está traumatizada. Critica ainda abordagem feita por supostos agentes da CGD
A menina diz que o estuprador mandou-a sentar em um colchão. “Foi em um instante em que o pai dela saiu. Ele [o estuprador] colocou a bolsa dele, aquelas bolsas que a gente leva de malote, numa perna. Na outra perna, ele ‘acochou’ a perninha dela para que ela não saísse. Disse que era para ela não se alarmar e não falar para ninguém”, conta a mãe dela. Somente um homem, que seria obreiro de uma igreja, estava perto de onde ocorreu o crime, conta a mãe, mas ele teve a visão do crime encoberta pela bolsa.
A menina conseguiu escapar e correu para a cela, onde contou para a mãe o que aconteceu. Ela examinou a criança no banheiro e constatou a violência sexual. “A calcinha dela estava suja de sangue”. A menina foi levada para a Coordenador de Medicina Legal (Comel), onde um médico atestou a agressão, conta a mãe. O caso foi levado para a Delegacia Metropolitana de Itaitinga. O acusado foi transferido para uma outra penitenciária após receber ameaças dos presos do Cepis. Ele foi identificado como Márcio da Silva da Costa.
Conforme a mulher, a criança ainda não recebeu acompanhamento psicológico. Os únicos entes estatais que a procuraram foram os supostos agentes da CGD. “Eu acho que deviam ter vindo uma assistente social ou, pelo menos, uma agente penitenciária para fazer perguntas para a minha filha. Eles estavam fazendo perguntas sobre as partes da minha filha. Não era para eles fazerem. Eles são homens!”.
Motim
Internos atearam fogo em colchões, quebraram grades e tentaram invadir a ala dos presos isolados (onde estaria o suspeito do estupro) na Cepis. O tumulto foi controlado na manhã de ontem.
LUCAS BARBOSA
Fonte: O Povo Online
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