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Brasil já pode ter mais de 1,2 milhão de casos reais de Covid-19

Segundo cientistas independentes de várias instituições brasileiras de pesquisa, o número real de casos no país pode ser até 16 vezes maior que o reportado pelo Ministério da Saúde
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Segundo cientistas independentes de várias instituições brasileiras de pesquisa, o número real de casos no país pode ser até 16 vezes maior que o reportado pelo Ministério da Saúde

De acordo com uma análise do Portal Covid-19 Brasil, que reúne cientistas independentes de várias instituições brasileiras de pesquisa, o número real de casos de Covid-19 no Brasil pode ser até 16 vezes maior do que o número oficialmente reportado pelo Ministério da Saúde.

O motivo disso é a subnotificação, causada pela falta de testes para diagnosticar casos suspeitos da doença. No Brasil, são testados apenas pacientes em estado avançado, que necessitam de internação no sistema hospitalar. Com isso, nossa taxa de letalidade é de 6,41%. Entretanto, a taxa de letalidade esperada, considerando os dados da Coreia do Sul, um dos poucos países a realizar testes em massa da população, deveria ser de 1,1%.

 

Os pesquisadores fizeram um ajuste da curva de evolução da doença com base no registro de óbitos, que é o mais consolidado no país, embora também haja indícios de subnotificação neste número. E com o ajuste, chegaram a uma nova estimativa do número de casos no país.

Casos reportados pelo Ministério da Saúde

Em 28 de abril, última terça-feira, o número oficial de casos reportado pelo Ministério da Saúde era de 73.553 casos. Entretanto, segundo os pesquisadores, o número real seria de aproximadamente 1 milhão e 200 mil casos, podendo haver uma variação entre 957 mil e 1 milhão e 494 mil casos.

Reprodução

Em declaração ao jornal O Globo, o especialista em modelagem computacional Domingos Alves, integrante do grupo e líder do Laboratório de Inteligência em Saúde (LIS) da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (USP), afirma:

 

“Falamos de ter ultrapassado em mortos a China, mas estamos em casos totais próximos dos EUA, mesmo tendo cerca de dois terços da população americana e tendo começado a sofrer com a epidemia um mês depois. Na verdade, se considerados os casos subnotificados de óbitos, também ultrapassamos a China há cerca de duas semanas”

O pesquisador alerta que chegamos a essa marca mesmo com um índice de distanciamento social de 50%, considerado insuficiente. Com o relaxamento das medidas de quarentena, o ritmo da epidemia deve acelerar, como visto recentemente na Alemanha e em Blumenau, SC, após a reabertura do comércio.

 
Fonte: Portal Covid-19 Brasil
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