A ida até um estádio pode parecer algo simples. Não para Will Girão que sofre de distrofia muscular de Duchenne, e precisa usar um aparelho que precisa ser ligado a energia para conseguir respirar. Mas, nem isso impediu dele realizar o sonho de ver de perto seu time de coração: o São Paulo.
Na tarde deste domingo (22), o jovem conseguiu estar na Arena Castelão e acompanhar a partida entre Ceará x São Paulo, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro.
Apesar de adversários, Ceará e São Paulo se uniram para conseguir fazer a ação e levar Will para o estádio após um pedido feito pelo jovem no Twitter.
Não demorou muito para que o pedido do jovem sensibilizasse as diretorias de Ceará e São Paulo que juntas afirmaram que iriam realizar o desejo de Will. Os mascotes de Ceará e São Paulo levaram Wilker para o estádio. No intervalo da partida, o torcedor será presenteado pelo Vovô.
Emocionado, ele disse que irá torcer para um empate entre os times. “Inevitavelmente eu também estou com um carinho agora pelo Alvinegro. Pois o clube me ajudou bastante com a logística de ver de perto o São Paulo e me deu muita atenção”, disse.
Will assistirá à partida em um dos camarotes da Arena, além de ter livre acesso à zona mista do estádio, podendo conhecer os atletas dos dois times.
Ele comemora o momento que vive ao lado da mãe no estádio:
Will conhece jogadores do São Paulo
Além de estar na Arena Castelão, Will conseguiu conhecer jogadores do São Paulo na última sexta-feira (21), no hotel que a equipe paulista está hospedada.
Ele conheceu os atletas e ainda recebeu uma camisa autografada por Arboleda, Tréllez, Everton, Edimar, Marcos Guilherme, Régis, Petros, Nenê, Hudson, Militão, Valdivia, Rodrigo Caio, Bruno Alves, Sidão, Liziero, Shaylon e Lucas Fernandes.
Distrofia muscular
Wilker nasceu com uma distrofia muscular que afeta, principalmente, o aparelho respiratório. Em 2014, ele precisou fazer uma cirurgia para retirar a vesícula. Os médicos alertaram o perigo, que ele poderia não sobreviver, mas deu tudo certo no procedimento. No entanto, ao voltar da anestesia, ele não conseguia mais respirar sozinho. Aí veio a traqueostomia, o respirador e a dificuldade para andar.
O equipamento funciona com baterias, que descarregam facilmente quando não conectadas diretamente à energia. Toda vez que Will decide sair, precisa entrar em contato com os locais para ter a permissão de ligar o aparelho em alguma tomada. Alguns negam, outros dificulta.
Fonte: Tribuna do Ceará/Futebolês
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