Na tragédia do deslizamento da rocha nos cânions de Capitólio, a 293 km de Belo Horizonte, no sábado (08/01), cinco pessoas eram de um mesmo núcleo familiar. Outras duas vítimas eram mãe e filha. Ambas com seus namorados. Além desses, dois amigos e um marinheiro. Todas as vítimas estavam em uma mesma lancha chamada Jesus, na região chamada de “Mar de Minas”, uma tragédia de famílias entrelaçadas.
Neste domingo, (09/01) em Passos, a 100 km de Capitólio, a dor dos que foram ao Instituto Médico Legal (IML) identificar os corpos e fazer exames de DNA (para os que não eram possíveis de ser identificados), era a dor de rostos conhecidos. Pais, mães, padrastos, filhos, primos, sobrinhos e amigos. Quase todos, de uma forma ou de outra, com alguma relação.
Entre os cinco mortos da mesma família, o policial militar reformado Sebastião Teixeira, 68 anos, era casado com Marlene Teixeira. Eles eram pais de Geovany Teixeira da Silva, 41, e avós de Geovany Gabriel Teixeira da Silva, 14. Além deles, Thiago Teixeira, 30, era sobrinho do casal.
Outras duas vítimas, Carmen Pinheiro da Silva, 41, e Camila da Silva Machado, 21, eram mãe e filha. Carmen era namorada de Geovany, filho de Sebastião e Marlene. Camila também embarcou na lancha com o namorado: Maycon Douglas Deosti, de 25 anos.
Também morreram no acidente o marinheiro Rodrigo Alves dos Santos, 40, e os amigos Rodrigo Marinho e Júlio Antunes. Todos os dez corpos foram resgatados.
De acordo com o Estadão, no início da noite, uma equipe do IML de Belo Horizonte chegou ao local para auxiliar na identificação dos corpos e análise dos exames de DNA. O trabalho pode se estender por até 30 dias. A dor dessas famílias que se cruzaram ainda antes do acidente de Capitólio ainda vai se arrastar. “Não sei como vai ser. Não, sei”, diz a mulher do marinheiro.
(Foto: Washington Alves/Estadão) via: CN
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