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Filha de entregador morto no 1º dia de trabalho nasce um mês após a morte do pai

Bebê Ariella chegou ao mundo um mês após a morte do pai, o entregador Regileudo, que começava em novo emprego(foto: Arquivo Pessoal) Leia mais em: https://www.opovo.com.br/noticias/fortaleza/2022/04/16/filha-de-entregador-morto-no-1-dia-de-trabalho-nasce-um-mes-apos-a-morte-do-pai.html ©2022 Todos os direitos são reservados ao Portal O POVO, conforme a Lei nº 9.610/98. A publicação, redistribuição, transmissão e reescrita sem autorização prévia são proibidas
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Ariella nasceu no dia que completa um mês do falecimento do pai, justamente na Sexta-Feira da Paixão, dia de celebração da morte de Jesus Cristo, segundo a fé cristã.

Nasceu a filha do entregador Regileudo, de 26 anos, que foi morto por assaltantes no 1º dia de trabalho. A menina veio ao mundo no dia em que se completa um mês do falecimento do pai. Regileudo sonhava em conhecer a menina. Ela veio ao mundo na Sexta-feira da Paixão, importante data da fé cristã e na qual é representada a morte e ressurreição de Jesus Cristo, culminando no Domingo de Páscoa. 

A bebê, chamada Ariella, nasceu de parto normal em um hospital no bairro Conjunto Ceará, em Fortaleza. A recém-nascida precisou ser encaminhada à UTI Neonatal para se alimentar por sonda, pois estava “ofegante”, segundo a tia e irmã de Regileudo. 

Como o pai faleceu, a família fez uma campanha de doações para ajudar a mãe de Ariella, que ficou desamparada. O crime aconteceu no dia 15 de março no bairro Conjunto Prefeito José Walter, em Fortaleza. A vítima, que estava no primeiro dia de trabalho como entregador, foi abordada e morta por assaltantes. Regileudo, que é ainda pai de um menino e aguardava a chegada de Ariella, não quis entregar a motocicleta, que era seu único meio de trabalho. Ele tentou fugir dos criminosos, mas foi atingido por um tiro nas costas. O rapaz foi socorrido pelo policiamento local, mas tonão resistiu aos ferimentos. 

A família diz que Regileudo estava feliz com a oportunidade de trabalhar. Ele havia perdido a visão de um dos olhos em um dos empregos anteriores. Depois, cronseguiu um trabalho para entregar sushi, mas sofreu um acidente e foi dispensado. Essa seria a chance de ajudar no sustento da família. Ele e a companheira moravam em casas distintas, de parentes, pois não havia condições de pagar um aluguel. 

Para a companheira, que estava grávida de oito meses no dia em que aconteceu o crime, é difícil ver o marido sair para trabalhar e não voltar mais. Em entrevista no mês de março, a mãe disse que se sentia desamparada. “Eu não tenho mais com quem contar”, lamentou.  O crime completa um mês sem prisões relacionadas ao caso. 

Fonte: O Povo Online

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