Paulo é suspeito de violência sexual mediante fraude contra pelo menos quatro mulheres, na seita “Missão do Espírito Santo”, que ele criou. As vítimas pediram para não mostrar seus rostos ou vozes. Elas relatam processos de lavagem cerebral e se culpavam pelas violências sofridas.
Em Belém, as vítimas buscavam conforto espiritual durante encontros em uma casa de fachada discreta. Ao longo do tempo, o homem a quem elas chamavam de “pai Paulo’’ também impôs uma rotina de isolamento. Segundo as vítimas, Paulo marcava a evolução espiritual de cada uma pelo que ele chamava de “frequência.” Quanto mais alta a “frequência”, mais próxima a pessoa estaria de alcançar a suposta paz espiritual que ele dizia ter atingido.
Uma mulher contou à reportagem que Paulo sugeriu “reproduzir as cenas dos abusos” sofridos por ela na infância, para que o trauma fosse curado. Para isso, disse que iria se “passar pelo abusador” e a fez reviver aqueles momentos: “E aí foi quando eu nunca mais voltei para lá”, conta a mulher.
Após a detenção, outras 10 vítimas buscaram a polícia para denunciar os abusos. Paulo morava com oito mulheres e uma adolescente de 13 anos na mesma casa na qual aconteciam as reuniões. O advogado de Paumgartten disse ao Fantástico que “em momento algum aconteceu isso”. Omar Sarê criticou a prisão e disse que Paulo é “um homem de 68 anos, um idoso”.
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